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 Os três talismãs

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MensagemAssunto: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeTer Mar 04, 2008 3:03 pm

bem...
esta historia foi inventada por mim!!
comecei a escreve-la a pouco tempo mas ja tenho alguns capitulos prontos...

ela tambem esta a ser postada noutros 2 foruns...
espero que gostem!! Hanon Sereia

Indice:

Capitulo 1 "Amizades e amores" - pág.1
Capitulo 2 "O outro mundo..." - pág.1
Capitulo 3 "A viagem" - pág.1


Última edição por Star* em Qui Mar 13, 2008 8:26 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeTer Mar 04, 2008 3:08 pm

Capitulo 1
Amizades e amores…

Estava escuro naquele quarto. Nada se via, mas podia-se vislumbrar uma silhueta que dormia pacificamente de baixo dos lençóis.

Era Verão e estava imenso calor naquela noite. Dormir com edredão era algo impossível. Talvez fosse essa a razão por que aquela silhueta se cobria apenas com o fino lençol.

Pequenos raios de sol começaram a entrar pelos buracos da persiana. Um novo dia acabara de nascer.

- Filha acorda! Está na hora de te levantares! – foi este o grito que chegou aquele quarto acordando o vulto.

A silhueta levantou-se da cama. Dirigiu-se à janela e correu a persiana.

Raios de sol iluminaram o quarto deixando ver o que era na realidade aquela silhueta. Perto da janela estava uma bela rapariga de estatura média. Os seus cabelos castanhos e ondulados chegavam-lhe até meio das costas. Os seus olhos castanhos eram capazes de hipnotizar qualquer um, meigos e profundos mas, ou mesmo tempo, desafiadores, penetrantes…

A rapariga dirigiu-se ao guarda-fatos e abriu-o. Passou os olhos por toda a roupa que estava pendurada nas cruzetas e acabou por tirar umas calças de ganga escuras. Abriu uma das gavetas que havia em baixo e tirou uma t-shirt verde tropa com uns desenhos em dourado.

Pousou tudo em cima da cama e abandonou o seu acolhedor quarto, dirigindo-se para o quarto de banho.

O seu quarto não era nem muito grande nem muito pequeno. A sua cama estava exactamente no meio da parede de tons rosa escuro. Em frente à cama estava um tapete da mesma cor da parede. Na parede em frente, branca, estava uma secretária de madeira de cerejeira, ao seu lado estava uma estante da mesma cor, repleta de livros. Na parede que se encontrava em frente da porta do quarto, pintada em tons de rosa claro, encontrava-se a janela tapada por cortinados com vários tons de rosa e laranja. O guarda-fatos encontrava-se na parede em frente.

A rapariga voltou ao quarto, enrolada numa toalha e com o cabelo molhado. Dirigiu-se à mesinha de cabeceira que se encontrava ao lado da cama e tirou, da segunda gaveta, um cinto dourado.

Vestiu-se e fez a cama. Ao fundo da cama, coberta por um edredão laranja, colocou um fino cobertor rosa, dobrado, e na cabeceira colocou três almofadas: uma era grande e do mesmo tom de rosa do cobertor e as outras duas eram de três cores, branco, laranja e rosa.

De seguida sentou-se na beira da cama e descalçou os chinelos. Calçou umas sapatilhas douradas e apressou-se a abandonar o quarto. Fechou a porta atrás de si e desceu as escadas a correr.

- Bom dia mãe! – disse com um grande sorriso ao chegar à cozinha.

- Bom dia querida! Dormiste bem? – perguntou-lhe uma mulher de cabelos castanhos, pelos ombros, retribuindo-lhe o sorriso.

- Lindamente. Cheira bem! Que estas a fazer para o pequeno-almoço?

- Panquecas!

- Hum! Que delicia. – diz a rapariga com um brilhozinho nos olhos.

Após o pequeno-almoço, lavou os dentes, pegou na pasta que se encontrava no corredor e saiu de casa em direcção à escola.

A escola não ficava muito longe de sua casa por isso, todos os dias, ia para a escola a pé.

Entrou pelo portão e ia para a sala quando ouve alguém chamá-la:

- Liana! Espera por mim!

Liana olha para trás e vê um rapaz a correr na sua direcção. O rapaz era alto, tinha cabelos castanhos e curtos. Os seus olhos eram castanhos, chamativos, alegres…

- Bom dia Pedro! – diz Liana respondendo ao chamamento do amigo.

- Bom dia Liana! Preparada para a última semana de aulas?

- É mais correcto dizer: morta porque a última semana de aulas chegue ao fim! – respondeu Liana com um grande sorriso nos lábios enquanto os
dois se dirigiam para a sala de aulas.

Praticamente toda a turma já se encontrava à porta da sala, que se situava no pavilhão D, falando alegremente.

Liana adorava a sua turma. Era uma turma unida, todos se apoiavam mutuamente. Riam juntos, divirtam-se juntos, partilhavam momentos.
Liana achava que não havia turma mais perfeita do que aquela, a turma do 8º A.

- Bom dia pessoal! – disseram os dois ao chegarem à sala.

- Bom dia! – respondeu o resto da turma.

- Bom dia Liana! Bom dia Pedro! – disse uma rapariga alta, de cabelos pretos, aproximando-se deles.

- Bom dia Joana! – cumprimentou-a Liana.

Joana era a sua melhor amiga. Tinham-se conhecido na primária e desde então que não se largavam. Eram como duas irmãs que estavam juntas para o que desse e viesse.

Pedro também era muito importante para Liana. Conhecia-o há mais tempo do que conhecia Joana. Tinha-o visto pela primeira vez quando tinha quatro anos. Os seus olhares tinham-se cruzado pela primeira vez na pré-primária. Desde essa altura que eram grandes amigos. Ela também o considerava como um dos seus melhores amigos.

Os três juntos formavam o trio maravilha. Davam-se lindamente e gostavam da companhia uns dos outros.

- Eu vou ter com os rapazes. – diz Pedro – Até já!

- Até já! – respondem as duas raparigas.

Pedro aproximou-se dos rapazes. Estavam todos a falar animadamente sobre futebol, algo típico dos rapazes, e nem repararam nele.

- Olá rapazes! – diz Pedro.

- Olá Pedro! Nem reparamos que estavas aí. – responde-lhe um dos rapazes

- Vocês quando se põe a falar de futebol não reparam em mais nada. – responde Pedro com o seu habitual sorriso no rosto.

O rapaz que havia respondido a Pedro também era um grande amigo de Liana. Embora se tivessem conhecido à apenas um ano e meio, tinha crescido uma grande amizade entre eles. O rapaz era alto, da mesma altura de Pedro, o seu cabelo era castanho e um pouco mais comprido do que na maioria dos rapazes. Tinha um porte atlético que provocava suspiros na maior parte das raparigas da escola. Tinha dezasseis anos, sendo dois anos mais velho que Liana, Joana e Pedro, assim como da maioria dos alunos daquela turma. Chamava-se Luís.

A conversa continuou, ficando cada vez mais animada, mas Pedro estava distante daquilo tudo.

- Às vezes pergunto-me se ela tem a capacidade de te hipnotizar… - diz Luís a Pedro com um grande sorriso.

- O quê? – pergunta Pedro confuso. Não tinha conseguido perceber o significado daquele comentário ou então não queria perceber…

- Estavas a olhar para ela de uma maneira… Parecia que estavas em transe. Por mais que queiras já não consegues esconder o que sentes pela Liana.

Luís tinha razão. Pedro, por mais que tentasse, já não conseguia esconder os seus sentimentos. Liana fazia-o sentir algo que ele nunca tinha sentido por nenhuma rapariga, pelo menos não daquela maneira.

Liana era simpática, amiga dos seus amigos, alegre, divertida e o mais evidente… Linda! Para uma rapariga de catorze anos ela era perfeita.
Pedro nem sequer queria imaginar como é que ela seria dali a uns anos.
Ele achava que ela tinha uma beleza de outro mundo.

Sentiu-se corar. Tinha de começar a controlar melhor as suas emoções.
Ele amava-a e muito, mas sabia que ela apenas nutria uma grande amizade por ele, nada mais que isso. Tinha de esquecê-la.

Liana e as raparigas falavam animadamente. As conversas que tinham eram sempre acompanhadas de risos e brincadeiras. A maior parte delas conheciam-se desde a altura da primária. Gostavam de estar juntas e divertiam-se imenso umas com as outras.

- Liana, já reparas-te quem é que está a olhar para aqui? – pergunta-lhe uma rapariga de cabelo loiro, um pouco ondulado, pelos ombros.

- Quem? – pergunta Liana

- O Pedro não pára de olhar para aqui desde de que vocês chegaram à sala…

- Vânia, não comeces! – diz Liana em tom de reprovação – Vocês andam sempre a mandar boquinhas por eu estar muitas vezes à beira dele… Somos muito amigos, conhecemo-nos à muito tempo! Gosto da companhia dele…

- Pois, pois… Nós sabemos! – entrevem Joana num tom de gozo.

- Vocês a duas fazem o favor de parar com isso? – diz Liana visivelmente irritada.

O toque para dentro fez-se ouvir em toda a escola e passados cinco minutos a porta da sala abriu-se. Entraram todos desejando os bons dias à professora que se encontrava à porta, esperando que todos entrassem para a poder fechar.

A aula começou. Ciências, a disciplina preferida de Liana. O seu sonho era, um dia, poder vir a ser Astrónoma. Tudo o que tinha a ver com Ciências Naturais e Físico-química fascinava-a, especialmente aquela área. Ela adorava observar as estrelas à noite e imaginar como seria observar estrelas que estivessem na outra ponta do Universo.

A aula passou depressa e o toque para o primeiro intervalo fez com que toda a turma se levanta-se, arrumasse as suas coisas e se dirigisse para fora.

Liana saiu da sala falando com Joana e Vânia. Quando estavam quase a chegar à sala onde iam ter aulas a seguir ouviram alguém chama-las:

- Meninas! Esperem por mim!

Viraram-se. Na sua direcção corria uma rapariga de cabelos castanhos-escuros, curtos, bastante volumosos e encaracolados.

- Então Márcia… Por onde andavas? – pergunta Joana ao vê-la.

- Tive a falar com a setora no fim da aula. Fiquei com algumas dúvidas sobre a matéria que demos hoje e fui esclarecê-las… - responde-lhe Márcia.

- Então, se era isso podias ter perguntado aqui à “Miss Ciências”! – diz num tom e gozo apontando para Liana.

- Vocês hoje andam com muita piada, não haja duvida… - diz Liana num tom sarcástico.


A hora de almoço chegou. Liana, Pedro, Joana e Márcia estavam na fila para a cantina, segurando as suas senhas nas mãos. Aquilo estava um pouco demorado mas a conversa entre os quatro estava a ser agradável.

Passaram vinte minutos e finalmente puderam começar a comer. Quando acabaram dirigiram-se para a biblioteca para estudarem mais um pouco para o último teste daquele ano lectivo.

Liana e Pedro estudavam afincadamente mas Joana e Márcia não pareciam estar muito interessadas.

- Ainda faltam dois dias para o teste mas vocês os dois estudam como se o teste fosse daqui a cinco minutos… - goza Joana.

- O teste não vai ser propriamente fácil. – diz Liana – E eu preciso de tirar um Muito Bom se quero manter o meu cinco a Português e continuar no Quadro de Honra!

- Bolas! Tu e o Quadro de Honra… - resmunga Márcia.

- Já que consegui entrar sempre até aqui, quero continuar a estudar para isso! – diz Liana sem nunca tirar os olhos dos resumos que estava a fazer sobre a matéria que iria sair no teste.

A biblioteca onde se encontravam era ampla e bem iluminada. As mesas do centro eram redondas e as que se encontravam perto das janelas eram quadradas, sempre rodeadas por quatro cadeiras cada uma. No fundo da biblioteca encontravam-se várias estantes cheias de livros e enciclopédias. A um canto estavam mesas com quatro computadores e ao lado alguns sofás virados para um televisão ligada a um leitor de DVD.

Continuaram a estudar até o toque de entrada para a aula de Educação Visual se fazer ouvir. O resto do dia de aulas passou depressa e a hora de voltar a casa chegou.

Liana despediu-se dos seus amigos e foi para casa. Ia num passo acelerado pois queria tomar um bom banho e fazer os trabalhos que lhe faltavam para o dia seguinte.

Deitou-se cedo. Quando se encontrava num sono profundo, um estranho sonho veio perturbar-lhe o sono…
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 05, 2008 4:17 pm

Quero mais. <3
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 05, 2008 4:56 pm

xD
e bom ouvir isso!!

ainda bem que estas a gostar! Hanon Sereia
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQui Mar 06, 2008 3:47 am

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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQui Mar 06, 2008 11:32 am

fico contente por ouvir isso!! Noel Voice
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeSáb Mar 08, 2008 12:39 pm

Capitulo 2
O outro Mundo!

O último dia de aulas chegara finalmente. Todos os alunos da escola estavam excitadíssimos com a chegada das férias de Verão.

Durante a semana seguinte foi a Semana Cultural. No último dia em que estariam todos juntos, o último dia da semana cultural, iria-se realizar uma peça de teatro escrita pelos alunos do 8ºA. Todos iam participar.

Os pais começavam a chegar à biblioteca, arranjada para a ocasião, para verem os frutos do trabalho realizado pelos filhos durante aquele último período.

Todos os alunos estavam nervosos, com medo que algo fosse correr mal.

- Muito nervosa, Liana? – pergunta Pedro

- Um pouco! Tenho medo de me esquecer de alguma fala a meio… - responde-lhe.

- Vais ver que vai correr tudo bem!

Pedro tinha razão. Tudo correra às mil maravilhas. Ninguém se tinha esquecido de alguma das suas falas ou se enganado num gesto.

Depois da peça foram todos para o Polivalente, para o lanche que os alunos tinham preparado.

Estiveram durante cerca de duas horas, divertindo-se e conversando. Mas hora da despedida chegou. Lágrimas corriam pela cara de algumas raparigas. Se era difícil suportar a saudade de duas semanas quanto mais a de três meses.

Todos se despediram e antes de ir embora:

- 8ºA!!!!!

Foi este o grito de guerra que ecoou pelo pavilhão. O último grito de guerra daquele ano lectivo.

- Antes de irmos todos embora queremos ouvir umas palavrinhas do delegado e da sub-delegada. Não é pessoal? – gritou Pedro de cima de uma mesa.

- Discurso! Discurso!

Toda a turma parecia concordar com Pedro.

Liana e Luís chegaram-se à frente, rindo-se daquela situação.

- Bem… Eu como não tenho jeitinho nenhum para isto acho que vou passar a palavra à nossa querida sub-delegada… - diz Luís num tom de gozo – Como já sei que concordo com tudo o que ela disser escuso de estar a gastar saliva!

- É sempre a mesma coisa! – diz Liana rindo-se – Bem… Em primeiro lugar queria agradecer a todos o apoio, a força e a amizade que me deram durante este ano lectivo. Sinto-me a pessoa mais feliz do mundo por vos ter conhecido e por vos ter como amigos. Vocês são a minha segunda família e eu nunca me vou esquecer de tudo o que fizeram por mim! Vocês fizeram me rir quando o que mais me apetecia era chorar, vocês ajudaram-me a “levantar” quando eu estava no “chão”… Devo a vocês tudo o que sou hoje! Adoro-vos e posso dizer: sinto-me honrada de ter sido a sub-delegada desta turma maravilhosa!

As lágrima corriam pela face de Liana enquanto toda a turma batia palmas e Luís a abraçava, abraço esse que ela retribuía.

Era tão bom estar com todos eles. Ela sabia que ia ter bastantes saudades de todos eles, sem uma única excepção, durante aquelas férias.

Liana chegou a casa com uma lágrima ainda no canto do olho. Ia sentir muita falta daquela turma.

- Então querida… Vias sentir muitas saudades deles não é? – pergunta-lhe a mãe num tom carinhoso.

- É. – responde Liana em voz baixa – Vou para o meu quarto.

Liana subiu as escadas e foi para o seu quarto. Deitou-se na cama a pensar em todos os bons momentos que tinha passado com os seus amigos. Sabia que estaria com eles durante as férias mas já não seria a mesma coisa. Já não teria aqueles dias inteiros de brincadeiras e de gargalhadas acompanhadas de grandes partidas. Já não estaria com eles todos juntos durante aquelas férias. Não ouviria as piadas lançadas a meio das aulas e o seu telemóvel não iria tremer a meio de um teste.

- Liana! O jantar está pronto!

Liana despertou ao ouvir o grito da mãe. Olhou para o relógio. O tempo tinha passado a voar, já eram oito e meia da noite.

O jantar decorreu silencioso, o que não era habitual. Liana estranhou. Os pais pareciam estar preocupados. Os seus olhares estavam distantes…

- Está tudo bem? – pergunta Liana preocupada.

- Está querida. – responde-lhe a mãe – Porque não haveria de estar?

- Não sei! Vocês parecem distantes…

- Está tudo bem filha. Não te preocupes. – diz-lhe o pai num tom meigo.

O pai era um homem alto. Os seus cabelos eram pretos e curtos. Quando cresciam notava-se que eram um pouco encaracolados. Era um pessoa sábia e calma.

- Precisas de ajuda na cozinha mãe?

- Não querida. Obrigada! – diz-lhe a mãe com um sorriso meigo.

- Então eu vou para o meu quarto. Vou ver se o pessoal está no Mensager.

Levantou-se da mesa e foi para o seu quarto. Esteve a falar com alguns dos seus amigos.

Eram já onze e meia da noite. Tomou um banho e vestiu o seu pijama. O pijama era constituído por uma camisola de alças verde com riscas beges verticais e por uns calções verdes, lisos, curtos.

Desceu as escadas e dirigiu-se à sala de estar, onde estavam os seus pais.

- Vim só desejar boa noite. Já me vou deitar. Estou um pouco cansada. - diz ela com um grande sorriso no rosto.

- Querida… Desejo-te boa sorte para tudo o que acontecer daqui para a frente! – diz-lhe a mãe acariciando-lhe o cabelo.

- Porquê isso agora? – pergunta Liana espantada.

- Só queríamos que soubesses. – diz-lhe o pai aproximando-se e dando-lhe um beijo na testa.

- Então… Boa noite! – diz Liana abandonando a sala ainda meia desconfiada.

- Boa noite querida! – dizem os pais em conjunto.

Quando já se encontravam sozinhos, Clara, a mãe de Liana, mostra-se um pouco inquieta.

- O que se passa querida? – pergunta o marido preocupado.

- Tenho muito medo do que possa acontecer daqui para a frente Rodrigo!

- Ela é forte! – diz Rodrigo abraçando-a – Ela vai conseguir ultrapassar isto.

- Espero que tenhas razão…

Raios de sol batiam na cara de Liana acordando-a. Cerrou com força os olhos e passado um pouco começou a abri-los lentamente. Sentia as costas doridas e algo diferente dos lençóis debaixo das suas mãos. Olhou em volta. Não estava no seu quarto mas sim numa linda floresta. Estava deitava sobre a relva. Na sua frente corria um largo rio, límpido e de águas brilhantes. Várias árvores se estendiam sobre a margem. Rodou a cabeça para poder vislumbrar a paisagem que estava atrás de si. Quando o fez apercebeu-se de que não estava sozinha.

Sentado numa pedra, a mais ou menos dois metros de distância, um rapaz observava-a. O seu cabelo era preto, os seu olhos azuis escuros assemelhavam-se ao misterioso céu da meia noite. Vestia umas calças brancas, justas, e uma túnica verde escura presa por um cinto preto. Usava botas pretas de cano alto, semelhantes às botas usadas na equitação.

- Finalmente acordas-te! – disse-lhe ele com um grande sorriso na cara – Bem vinda ao Mundo Paralelo!

- Mundo Paralelo? Quem és tu? Onde estou? Como vim aqui parar? – Liana mostrava-se confusa e também um pouco amedrontada.

- Calma! Tantas perguntas ao mesmo tempo. O meu nome é Sérgio e como já te disse estás no Mundo Paralelo ou Mundo Mágico, como preferires. Estás aqui porque eu te trouxe. – responde o rapaz.
- Porque tu me trouxeste? – pergunta Liana carregando bastante na palavra “tu”.

Não sabia porquê mas aquele rapaz irritava-a e isso intensificou-se quando ele disse que tinha sido ele a leva-la para aquele sitio, longe de casa, dos seus pais e dos seus amigos.

- Sim, porque eu te trouxe. Bem vamos lá ver… - disse caminhando em torno dela como se a tivesse a inspeccionar – Chamas-te Liana, tens catorze anos e vivias na freguesia de Pedroso, conselho de Vila Nova de Gaia se não estou em erro…

- Pareces saber muito sobre mim e eu muito pouco sobre ti. – diz Liana levantando-se.

- Tens razão! É melhor apresentar-me formalmente. – diz ele num tom sarcástico – Como já disse chamo-me Sérgio, tenho dezassete anos e sou um elfo.

- Essa foi para rir! – diz Liana começando-se a rir – Deves pensar que eu sou uma menina de oito anos que ainda acredita em contos de fadas.

- Então é melhor passares a acreditar porque estás num. – diz Sérgio com cara séria enquanto se afastava.

- Onde vais? – pergunta Liana ao vê-lo afastar-se.

- Queres dizer… Onde nós vamos! – responde ele sem se virar para trás.

- O que queres dizer com isso? – pergunta Liana confusa.

- Digamos que não queremos que andes assim pelo reino. Vamos a casa de uma amiga.

Liana olha para si mesma. Ainda tinha o pijama vestido.

- E já agora. – diz Sérgio virando-se para trás – É melhor não usares esse fio.

Liana leva a mão ao peito, perto do seu pescoço. Ela tinha aquele fio desde de que se lembrava e nunca se tinha separado dele, tal como a sua mãe lhe pedira. Era um fio de prata do qual pendia uma figura de uma fada, também em prata. As asas da fada eram feitas de duas pedras verdes claras.

- Porquê? – pergunta.

- Não convêm que te vejam com ele. Pode ser perigoso. – diz ele continuando com a sua expressão séria – Se quiseres posso guardá-lo.

Embora contrafeita, Liana leva a mão ao pescoço e tira o fio entregando-o de seguida a Sérgio.

Caminharam um pouco até encontrarem um cavalo castanho claro que bebia água do rio. Sérgio aproximou-se dele e acariciou-lhe a crina. Pegou nas rédeas e subiu para o seu dorso estendendo de seguida a mão a Liana.

- Sobe! – diz ele.

Embora com um pouco de receio, Liana acaba por segurar a mão dele e, com a sua ajuda, subir para o cavalo.

- Agarra-te bem!

Liana pôs as suas mãos à volta da cintura dele. Sentiu-se corar um pouco. Mas porquê? Só por ele ser um rapaz? Abanou ligeiramente a cabeça. Devia estar a ficar maluca.

Sérgio, por sua vez, estremeceu ao sentir aquele contacto, mas sentia-se bem assim. Sentia o calor do corpo dela a passar para o seu. Fechou e abriu os olhos com bastante rapidez. Mas o que é que era aquilo? Devia estar a delirar.

O cavalo avançou pela floresta, tão rápido como uma flecha. Liana sentia o vento bater-lhe na cara.

- Isto sabe bem! – pensou.

- Não vou depressa demais pois não? – perguntou Sérgio olhando para ela.

- Não preciso que te preocupes comigo. – disse num tom de voz frio – E olha para a frente se não ainda bates contra qualquer coisa.

Sérgio olhou para a frente, sem dizer mais nada. Não sabia bem porquê mas aquela rapariga irritava-o e o sentimento parecia ser mútuo. Sorriu. Aquilo até poderia vir a ser divertido.

Liana ia observando a paisagem enquanto galopavam. A floresta era linda. Ela não sabia descrever bem o que sentia naquele momento mas era como se estivesse em casa, como se tivesse voltado a casa.

Passaram vinte minutos. Liana conseguiu vislumbrar uma pequena casa um pouco mais à frente. A casa era feita de pedra e, ao contrário do que parecia ao longe, era grande, não muito mas era. Na frente da casa havia um pequeno jardim com roseiras, de onde floriam rosas alaranjadas.

Sérgio desmontou e Liana fez o mesmo. Dirigiu-se à porta e bateu. Nada se ouviu e ninguém veio abrir a porta. Ele voltou a bater. Ouviu-se um “já vai” e a porta abriu-se.

Quem abriu a porta foi uma mulher que aparentava ter os seus trinta e cinco anos. O seu cabelo era ruivo e ondulado, chegando-lhe até ao fundo das costas. Os seus olhos eram verdes e o seu sorriso era contagiante.

- Sérgio! – exclamou a mulher abraçando-o – Já há muito tempo que não te via!

- Olá Leonor! – cumprimentou-a ele – E cá estou eu em mais uma missão.

- Eu sei. – disse-lhe Leonor olhando de seguida para Liana – Sua majestade avisou-me que virias e o porquê.

Leonor saiu da beira da porta e dirigiu-se a Liana. Olhou-a de alto a baixo.

Liana sentiu a mesma sensação de estar a ser inspeccionada, que havia sentido quando Sérgio a olhara à momentos atrás.

- És muito parecida com a tua mãe. A mesma beleza, o mesmo olhar… - Leonor suspirou – Bem vinda ao Mundo Paralelo e à minha humilde casa.

- Obrigada! – diz Liana.

- Vamos entrar. – exclama Leonor dirigindo-se para o interior da casa – Tenho a certeza que quererás trocar de roupa… Não é Liana?

- Realmente já me começo a sentir um pouco desconfortável com isto. – diz Liana com um grande sorriso dirigindo-se também para o interior da casa.

Liana tinha simpatizado com Leonor. Achou simpática e tinha o mesmo ar sábio do seu pai. Não tinha percebido o comentário que ela tinha feito…
Ela não era nada parecida com a sua mãe. Tinha muitas poucas feições da sua família.

A casa de Leonor era bastante acolhedora. A cor reinava em todos as divisões.

Ao entrarem pela porta deparam-se com uma cozinha de azulejos de tons de azul claro. No centro da cozinha havia uma grande mesa redonda, rodeada por seis cadeiras.

Da cozinha passaram para a sala de estar. Era um local amplo e bem iluminado, não fosse os raios de sol que entravam pela grande janela adornada com cortinas violeta. Os sofás eram de um roxo bastante claro. As almofadas que nele repousavam era de um roxo um pouco mais escuro que o dos sofás. No cento havia uma mesa quadrada, baixa, de madeira de cerejeira. Por cima tinha um belo pano branco de renda e uma jarra com orquídeas rosa claras. Perto dos sofás havia umas escadas que davam para o andar de cima.

- Vamos subir. – diz Leonor – Quero mostrar-vos os quartos onde vão passar as próximas duas noites. Assim aproveitamos para mudares de roupa Liana.

Os três subiram as escadas até chegarem a um largo e curto corredor.
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeDom Mar 09, 2008 9:09 am

Tan lindoh <3
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeDom Mar 09, 2008 9:17 am

fico feliz por teres gostado! Hanon Luchia e Lina
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeSeg Mar 10, 2008 5:29 pm

Legal! <3

Quero mais! *___* <3

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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 12, 2008 10:48 am

Capitulo 3
A viagem



Leonor abriu a primeira porta à direita. Entraram num quarto acolhedor e bem iluminado, tal como todas as outras divisões da casa. Estava decorado em diversos tons de bege e laranja. Tinha uma cama de solteiro com colcha laranja e adornada por diversas almofadas de tons de laranja claro e bege. No chão, ao lado da cama, estava um tapete bege. Em frente esta uma cómoda com diversos perfumes e adornos, com um espelho em cima. O guarda-fatos ficava na mesma parede da porta e em frente havia uma grande varanda.

- Liana, tu vais ficar a dormir aqui. Espero que gostes. – diz Leonor com um grande sorriso.

- É lindo! – exclama Liana.

- Tens roupa nas gavetas da cómoda e no guarda fatos. Acho que te servem. A casa de banho é aqui ao lado. Troca-te e depois vem ter connosco à cozinha. Ainda não deves ter tomado o pequeno-almoço.

E dito isto, saiu do quarto com Sérgio.

Liana abriu as portas do guarda fatos e de lá tirou um leve vestido de alças verde claro. Olhou para o fundo e lá viu vários pares de sabrinas. Escolheu umas do mesmo verde do vestido. Pegou em tudo e dirigiu-se para a casa de casa de banho.

Leonor e Sérgio já tinham entrado no quarto onde este iria ficar. Eram um quarto parecido com o de Liana mas em tons de verde.

- Como de costume ficas aqui! – diz Leonor. – Vamos para baixo para me ajudares a preparar o pequeno-almoço.

Saíram do quarto e desceram as escadas. Dirigiram-se para a cozinha. Enquanto Sérgio ponha a mesa Leonor preparava o pequeno-almoço: leite, torradas com mel, bolinhos de coco e café.

- Então… o que achas da nossa mais recente convidada? – pergunta Leonor.

- Irritante. E ela parece ter a mesma opinião em relação a mim. – responde Sérgio com um sorriso sarcástico.

- Ainda agora se conheceram e isso já vai assim? – diz Leonor rindo-se – Eu achei-a simpática. Ela faz-me lembrar a mãe dela…

- Vocês eram muito amigas não eram? – pergunta Sérgio.

- Éramos.

Ouvem-se passos. Liana descia as escadas.

- Já cá estou. – diz ela chegando à cozinha.

Sérgio ficou espantado ao vê-la. O vestido assentava-lhe muito bem, mostrando todas as suas curvas. Era relativamente curto chegando-lhe até um pouco acima dos joelhos. Trazia o cabelo solto e ainda um pouco húmido.

- O que é que foi? – perguntou Liana ao ver a maneira como ele a olhava.

- Na… Nada. – gaguejou ele voltando de novo a sua atenção para a mesa.

Liana riu-se levemente daquela reacção por parte dele, o que deixou
Sérgio furioso. Ela era realmente irritante…

- O vestido assenta-te muito bem. – diz Leonor – Ficas-te linda!

- Obrigada! – diz Liana com um grande sorriso – Cheira bem.

- Estás com fome, não estás? Senta-te que eu já ponho na mesa! – diz Leonor voltando, logo de seguida, a sua atenção para o leite que aquecia no fervedor.

Liana senta-se e Sérgio segue o seu exemplo. Durante um longo minuto reinou silêncio.

Sérgio continuava furioso com Liana. Não admitia que se rissem assim dele. Mas porque raio tinha ele gaguejado? Era a primeira vez que ficava assim por ver uma rapariga bonita.

Leonor pôs a comida na mesa e sentou-se. Começaram a comer.

Ninguém falava até que Liana decide expor as suas dúvidas.

- Porque é que me trouxeram para este mundo? – ela mostra algum receio ao dizer estas palavras, tinha muito medo da resposta.

- Tens uma missão a cumprir neste mundo. – diz Sérgio voltando a adoptar a sua expressão séria.

- Tem a ver com o meu fio não tem? – pergunta Liana um pouco mais segura das suas palavras.

- Porque perguntas isso? – Sérgio olhava para ela admirado com tal pergunta.

- Antes de virmos para cá disseste que era melhor não usar o meu fio, que podia ser perigoso se me vissem com ele.

- Sim. Tem a ver com o teu fio. – responde Leonor.

- Mas que missão é essa? – pergunta Liana, queria perceber o que fazia ela ali afinal e se aquilo tudo não passava de um sonho.

- Em breve saberás! – diz Sérgio – Ainda não estás preparada para saber qual a verdadeira razão da tua presença aqui. Se te disséssemos agora nunca perceberias.

- Não perceberia porquê? Eu não sou nenhuma menina de nove anos que não percebe o que se passa à sua volta! – Liana mostrava-se um pouco irritada. Ela já era crescidinha o suficiente para entender o mundo…

- Não foi isso que o Sérgio quis dizer. – diz Leonor num tom meigo. – O que ele quer dizer é que ainda há muitas coisas que precisas de saber antes de saberes qual é tua missão e função neste mundo…

- E quanto aquilo que me disseste esta manha… - diz Liana a Sérgio.

- Aquilo o quê? - pergunta ele.

- De seres um elfo… - diz Liana com um sorriso irónico.

- E é a mais pura das verdades! – diz Leonor com um sorriso. – Eu, por exemplo, sou uma fada. Mas não uma fada como as da histórinhas dos humanos, com varinhas de condão ou poderes sobrenaturais… As fadas deste mundo apenas possuem asas que podem invocar quando quiserem. Apenas umas fadas muito especiais têm poderes…

Passaram o resto da refeição em silêncio.



Era já fim de tarde. Liana observava o pôr-do-sol da varanda do seu quarto. Sentia algo estranho, uma sensação que nem ela mesma sabia explicar. Sentia como se tivesse voltado a casa após uma longa viagem mas, ao mesmo tempo sentia-se deslocada. Ela era uma humana e estava num sítio onde apenas existiam elfos e fadas. Se ela não era como eles que missão teria a cumprir naquele reino?

Os seus pensamentos foram interrompidos por alguém que batia à porta.

- Sim! – diz ela.

A porta abre-se revelando Sérgio.

- A Leonor pediu-me para te chamar. O jantar está pronto. – diz ele.

Parecia uma deusa, ali naquela varanda. A luz dourada do pôr-do-sol contornava-a, fazendo o seu cabelo brilhar.

- Mas que raio de pensamentos são esses Sérgio? Ela é apenas uma miúda! – diz Sérgio para si mesmo.

- Eu desço já. – responde Liana.

Sérgio acente e fecha a porta deixando-a novamente sozinha.

Liana volta a olhar para o horizonte. Aquela terra era linda. Conseguia vislumbrar as torres de um grande castelo. Suspirou e saiu do quarto, dirigindo-se para a cozinha.

Quando lá chegou Sérgio e Leonor já estavam sentados à mesa.

Sentou-se e os três começaram a comer. Ninguém profeciou uma única palavra durante a refeição, cada um estava submerso nos seus pensamentos.

No fim, Liana ajudou Leonor a arrumar a cozinha enquanto Sérgio ia dar de comer ao seu cavalo.

Liana subiu as escadas e voltou para o seu quarto. Foi de novo para a varanda. Estava uma linda noite de lua cheia, a estrelas brilhavam naquele céu escuro. De repente, tudo aquilo fez com que ela se lembrasse de Sérgio. Aqueles olhos… Aqueles olhos azuis escuros, como aquele céu que ela via agora.

Sérgio continuava lá fora. Estava sentado à beira do seu cavalo observando aquele maravilhoso céu. Era tão bom estar assim, a olhar para as estrelas. Levantou-se e, de relance, olhou para a varanda do quarto de Liana. Reparou que alguém estava lá e por isso voltou a olhar.

Liana estava na varanda a olhar para o céu, com um lindo sorriso nos lábios, um sorriso calmo, carinhoso. Sérgio apercebeu-se de que o seu coração batia aceleradamente, parecia que lhe ia sair disparado pelo peito. Mas o que era aquilo que ele sentia ao estar perto dela, ao olhar simplesmente para ela…

Liana sentia-se observada. Olhou para baixo. O seu olhar foi repousar no de Sérgio. Ficaram durante muito tempo assim, a olharem-se nos olhos. O tempo tinha parado para ambos, nada mais existia a não ser eles mesmos, mas tão depressa como tinha começado o encanto acabou.
Sérgio abanou a cabeça e foi para dentro.

Liana acompanhou os movimentos dele com o seu olhar. Quando ele entrou, ela voltou para o quarto. Fechou as portadas e correu a cortina laranja. Vestiu o seu pijama e foi-se deitar. Tal como há uma semana atrás um estranho sonho voltou a perturbar-lhe o sono…

O dia seguinte foi praticamente igual ao anterior.

Liana e Sérgio tentavam evitar-se a todo o custo e sempre que se encontravam acabavam por discutir.

Ambos continuavam com a mesma opinião um sobre o outro. Achavam que o outro era irritante e isso fazia com que não se suportassem.

Como na noite anterior, Liana estava na varanda a olhar para o céu. Pequenas lágrimas corriam pelo seu rosto. Estava longe de casa, da sua família e dos seus amigos. Sentia falta das pessoas que conhecia, do seu mundo, da sua rotina… Limpou as lágrimas e foi-se deitar. O dia seguinte iria ser longo e difícil…

Acordou com o chilrear dos pássaros. Levantou-se. Vestiu umas jardineiras brancas e uma camisola verde tropa. Calçou umas sabrinas do mesmo verde e desceu as escadas.

Leonor e Sérgio já se encontravam a tomar o pequeno-almoço. Á entrada da porta estavam dois sacos de viagem.

- Bom dia! – diz Liana sentando-se à mesa.

- Bom dia! – respondem Leonor e Sérgio.

O pequeno-almoço continua e uma nova parede de silêncio se forma entre eles. Aquilo estava a tornar-se habitual durante as refeições. Isso inquietava um pouco Liana embora ela própria contribuísse um pouco para aquela situação.

Dez minutos depois Sérgio levanta-se e, sem dizer uma única palavra, sai para o exterior.

- Ele vai buscar um cavalo para ti. – diz Leonor levantando-se também.

Liana também se levanta e ajuda a arrumar a mesa. Depois Leonor pega nos sacos que estavam à porta e pousa-os em cima da mesa.

- Este é o teu saco. – diz apontando para um dos dois sacos – No fundo está um vestido e uma capa. O Sérgio indicar-te-á quando é o momento em que a deves usar.

- Está bem… - responde Liana.

- Mais uma coisa… - continua Leonor – Confia nele e acima de tudo tem paciência. Eu sei que quando ele quer consegue ser o elfo mais irritante à face deste mundo mas, convêm que vocês não discutirem muito… Isso pode perturbar a viagem e o vosso espírito e além disso vocês conhecem-se à apenas dois dias, e praticamente já não se podem ver à frente. Aproveitem para se conheceram melhor.

Liana ouvia tudo muito atentamente. Sabia que ia ser difícil cumprir aquilo que a fada lhe pedia, mas ia tentar.

Entretanto a porta abre-se.

Sérgio entra na cozinha. Tinha uma expressão séria no rosto.
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 12, 2008 10:53 am

- Já estás pronta? – pergunta a Liana.

- Sim. – responde ela sem deixar de reparar na expressão do seu rosto.

- Óptimo! – diz ele pegando no seu saco. – Pega no teu saco. Está na hora de ir embora.

E dito isto sai para o exterior, deixando Liana a olhar para a porta. Mas o que é que lhe tinha dado?

- Cá para mim está nervoso porque vai passar os próximos três dias sozinho contigo. – diz Leonor com um sorriso sarcástico.

- O quê? – pergunta Liana olhando para ela espantada.

- Neste mundo tudo é possível! – diz Leonor dirigindo-se para a porta. – Agora anda. Está na hora de pôr pés ao caminho.

Liana seguiu-a e as duas dirigiram-se para o exterior.

Sérgio esperava-as impacientemente. Estava no meio de dois cavalos, um castanho que Liana conhecia como Trovão, cavalo de Sérgio, e um outro de cor preta. Todo ele era negro, tendo apenas, de cor diferente, uma espécie de losangulo branco na testa.

- A partir de agora este passa a ser o teu cavalo. – Diz Sérgio – Chama-se Black Beauty, que quer dizer Beleza Negra. Normalmente é tratado apenas por Beauty.

- É lindo! – exclama Liana aproximando-se e passando a mão pela macia crina do cavalo. – Que idade tem?

- Tem apenas um ano e meio. É muito dócil, de raça lusitana. Espero que saibas montar… - termina com um tom sarcástico.

- Não te preocupes. – diz Liana com um tom não menos sarcástico – Isso é algo que eu sei fazer bastante bem!

- Bom meninos… Está na hora de irem! – diz Leonor cm um grande sorriso – Façam boa viagem!

- Até um dia! – diz Liana subindo para o cavalo.

- Até breve! – diz Sérgio também montando.

- Adeus! Boa sorte! – grita Leonor enquanto os vê afastarem se.

Não apressaram os cavalos pois Sérgio disse que apenas dali a dois dias é que era suposto chegarem ao seu destino.

Galoparam durante toda a manhã, sem nunca dirigirem a palavra um ao outro.

Liana observava com atenção tudo o que a rodeava. Continuava com a mesma sensação de estar em casa. Era como se pertencesse àquele mundo.

Quando pararam para descansar e para comer, o sol já ia alto.

- Afinal para onde vamos? – pergunta Liana

- Vamos ter com a Rainha deste mundo… - diz Sérgio – Já que foi ela que me pediu para te trazer para cá.

- Achas que ainda não estou preparada para saber qual é a minha missão neste mundo? – pergunta Liana olhando-o nos olhos.

- Ainda há muita coisa que precisas de saber primeiro. – diz Sérgio levantando-se – Agora vamos continuar a viagem.

Sérgio monta o seu cavalo e Liana faz o mesmo. Avançaram pela floresta, passando por diversas clareiras e seguindo o curso do rio.

Toda a floresta estava repleta de altas e grossas árvores. Os arbustos eram frequentes assim como as flores silvestres, que enchiam a floresta com um agradável aroma. Os raios de sol reflectiam nas límpidas águas do rio fazendo-o brilhar.

Vários animais saltitavam nos ramos das árvores e, por diversas vezes, lindas borboletas vinham ter com Liana, voando à sua volta e fazendo-a soltar leves risadas.

Sérgio observa-a, uma vez por outra, desviando a sua atenção do caminho que seguiam. Notava-se que ela adorava estar no meio da Natureza, pela maneira que observava a paisagem e da fascinação que transmitia no seu doce olhar. Não era de esperar menos daquela rapariga, tendo em conta a missão que carregava sobre as costas desde o dia em que nascera.

Olhou com mais atenção para os seus olhos cor de avelã, ficado fascinado com o que via. Eram meigos e profundos mas, ao mesmo tempo, desafiadores e penetrantes. Aquilo era algo que ele nunca tinha visto em ninguém e perguntou-se como seria possível os mesmos olhos mostrarem duas coisas completamente diferentes e opostas uma da outra, em simultâneo.

Uma leve brisa fez-se sentir, passando por entre as copas da arvores e abanando ligeiramente os pequenos arbustos que se espalhavam pelo caminho.

- Quando é que podemos parar outra vez? Já me começo a sentir desconfortável em cima da sela. – diz Liana.

- Aguenta mais um pouco! – diz Sérgio sem olhar para ela – as raparigas são mesmo fraquinhas!

- Já te disseram que és insuportável? – pergunta Liana em tom de desafio.

- E a ti já te disseram que és extremamente irritante? – Sérgio usava o mesmo tom de voz que ela.

Liana virou a cara e não disse mais nada.

- Parece que quando lhe respondem à letra a menina fica sem argumentos… - diz Sérgio com um sorriso sarcástico.

- Não é por falta de argumentos que não te respondo. – diz Liana – Apenas não o faço porque acho uma autentica perda de tempo estar a gastar saliva contigo!

Sérgio não lhe responde. Não queria dar par de fraco diante dela, mas sabia que ela tinha razão. Já estavam à um bom par de horas em cima dos cavalos, era normal que ela se sentisse cansada. Ele mesmo sentia-se embora fosse uma coisa ligeira pois, já estava habituado a estar durante muitas horas em cima de uma sela, mas ela não.

Acabaram por parar algum tempo depois.

- Vamos passar a noite aqui. – diz Sérgio descendo do cavalo.

Liana também desmonta e observa o espaço. Estavam numa ampla clareira, onde alguns cogumelos cresciam perto das árvores. A clareira ficava perto do rio, apercebeu-se disso pois conseguia ouvir o quase sussurro do correr das águas.

Sérgio andava pelas redondezas da clareira à procura de lenha para a fogueira e Liana aproveitou para pensar um pouco em tudo o que lhe tinha acontecido nos últimos dois dias.

- Ainda me custa a acreditar que tudo isto não é apenas um sonho… Talvez se fosse uma miúda de nove anos não custasse tanto acreditar mas, com esta idade, acreditar em elfos e fadas? É uma tarefa quase impossível…

- A sonhar acordada? – pergunta Sérgio, num tom de gozo, despertando-a dos seus pensamentos.

- Estava apenas a pensar. – responde calmamente Liana olhando para o céu. – Vamos comer? Estou cheia de fome!

- Não devias comer assim tanto… Não achas que já tens banhas que chegue? – pergunta Sérgio com um sorriso sarcástico.

- Pois… - diz Liana de nariz arrebitado – Mas há quem goste!

- O rapaz deve ser cegueta coitado! – goza Sérgio – Mas custa acreditar que tenhas um namorado…

Apesar do seu tom de voz e da sua expressão sarcástica, um pequeno brilho de tristeza invadia os seus olhos, mas isso foi algo em que Liana não reparou.

- Cala-te! – grita ela – Para tua informação eu não tenho namorado nenhum, mas…

- Como disseste aquilo, eu pensei… - interrompe-a Sérgio.

- Uau! – interrompe-o também Liana – Essa é novidade. Tu pensas!

Sérgio manda-lhe um olhar mortífero ao que ela responde com um sorriso sarcástico.

Comeram, em silêncio.

Uma corrente de perguntas passavam pela cabeça de Liana, mas não as colocou. Sabia que a resposta de Sérgio seria que primeiro ela ainda tinha de saber algumas coisas por isso…

- Sérgio! – Chamou ela.

- Sim!

- Afinal que coisas são essas que eu preciso de saber antes de me contares qual é a razão por eu estar neste mundo? – pergunta Liana.
Sérgio ergueu a cabeça, olhando para o céu e permanecendo em silêncio.
Liana observava-o, esperando uma resposta.

- Amanhã ficaras a saber de tudo, prometo. O dia de hoje foi cansativo e eu estou com sono. Vou-me deitar! Também devias ir dormir… Boa noite!

E dito isto levantou-se dirigindo-se ao seu cavalo. Tirou uma manta do saco e foi se deitar ao pé de uma árvore.

Assim que ela pousou a cabeça, Liana, pode pela primeira vez ver as suas orelhas pontiagudas, típicas de um elfo. Tudo o que lhe tinham contado era mesmo verdade…

Aproximou-se do seu cavalo negro e, também ela, tirou uma manta do saco, deitando-se ao pé de uma árvore próxima do sitio onde Sérgio dormia já pacificamente.

Fechou os olhos e depressa adormeceu, devido ao cansaço que sentia. Não demorou muito, apenas algumas horas, que aquele sonho lhe voltasse a perturbar o sono, fazendo-a sentir medo.

Ela dava voltas e mais voltas por baixo da manta, contorcendo-se de agonia e pânico…

- Não!

Liana acabou por acordar. Tinha a respiração acelerada e estava encharcada em suor. Algumas lágrimas corriam pelo seu suave rosto.
Desta vez o sonho tinha sido mais perturbador e assustador. E como se isso não bastasse tinha envolvido a pessoa que ela menos queria ver envolvida naquele pesadelo e que, ainda por cima, tinha acabado da pior maneira possível: morta.

Sérgio acordou devido ao grito que ela soltara. Olhou para ela e reparou no seu estado. Levantou-se e aproximou-se…

- Estás bem? – perguntou com uma voz carinhosa ao chegar perto dela, um tom de voz que ele nunca usara com ela.

Liana abanou a cabeça, como que a dizer não. As palavras não saiam, por mais que ela tentasse não conseguia produzir um único som. As lágrimas continuavam a correr pela sua face.

Sérgio aproximou-se mais dela e abraçou-a, encostando a cabeça dela ao seu peito.

Liana conseguia sentir o bater do coração dele. Fechou os olhos. O corpo dele era quente. Nos seus braços sentia-se segura, tranquila, protegida…

- Tem calma… - sussurrou Sérgio enquanto lhe acariciava o cabelo – Foi só um pesadelo.

Liana não disse nada e eles continuaram assim, abraçados. Algum tempo depois acabou por adormecer.

Sérgio observava-a enquanto continuava a fazer-lhe festas no cabelo.

Parecia uma pequena criança a dormir ali, nos seus braços. Apesar de ter acordado de um pesadelo que a deixara num estado lastimável, ela agora dormia pacificamente com uma grande serenidade a invadir-lhe o rosto.

Eram bom tê-la nos seus braços. Fazia-o sentir-se bem. Sabia que dali em diante teria de protegê-la e era isso que tencionava fazer.

Deu-lhe um pequeno beijo na testa e deitou-a, suavemente para não a acordar.

Cobriu-a e também ele se foi deitar acabando por adormecer logo de seguida.
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 12, 2008 1:16 pm

Muito Bom! *_____* <3
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQui Mar 13, 2008 8:25 am

ainda bem que gostas te :D
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 19, 2008 7:58 am

Capitulo 4
As verdadeiras raízes

Sérgio acordou. Apesar de tudo o que tinha acontecido na noite anterior tinha dormido lindamente. Olhou para o lado…

- Mas… Onde é que… Será que…? Não! É impossível ou… será?!

Sérgio ficou visivelmente assustado e milhares de coisas passaram pela sua cabeça.

Liana não estava ali. Não estava no local onde ele a tinha deixado a dormir na noite anterior nem em nenhuma outra parte da clareira.

Levantou-se e começou a procurá-la pelas redondezas. Tinha medo que algo tivesse acontecido e esse medo aumentava cada vez mais sempre que pensava que ele podia ter descoberto que ela estava naquele Mundo.

Ao chegar perto do rio suspirou de alívio.

Liana estava sentada na margem a observar o calmo e quase invisível movimento das águas.

Estava de costas mas ele conseguia perceber que ela estava calma e descontraída. Um pequeno sorriso apareceu nos seus lábios. Eram bom saber que ela já se tinha recomponho do que acontecera durante a noite.

Liana respirava fundo, apreciando o ar puro que lhe entrava pelas narinas. Sentiu que alguém se aproximava e, num movimento rápido, virou-se para trás. Sentiu-se aliviada ao perceber que era Sérgio.

- Desculpa se te assustei. – diz ele.

- Não faz mal. – responde enquanto o observa a sentar-se ao seu lado.

- Estás bem? – pergunta Sérgio, voltando a usar o mesmo tom carinhoso que usara na noite anterior.

- Sim, mas… Porque perguntas?

- Por causa do que aconteceu ontem à noite. Não estavas nada bem e eu… Fiquei preocupado. – diz hesitando um pouco.

- Estou bem. Foi só um pesadelo! Obrigada por te… Por te preocupares comigo. – diz Liana com um sorriso tímido olhando para o chão.

Um pequeno sorriso nasce na cara de Sérgio mas ele apressa-se a escondê-lo.

- Está na hora de te contar umas coisas, para que depois te possa revelar a tua missão. – diz Sérgio enquanto Liana olha para ele, escutando-o atentamente – Ficamos aqui ou preferes voltar para a clareira?

- Prefiro ficar aqui. O rio traz-me paz e é uma maneira de me sentir como se estivesse no meu mundo. Lá gostava muito de ir para a foz do rio Douro, ver o rio juntar-se ao mar… Mas vamos lá a revelações! – diz com um pequeno sorriso na cara.

Sérgio olhou para os seus olhos, tentam descobrir que emoções passavam bem lá no fundo daquele invulgar e fascinante olhar. Conseguiu ver saudade. Saudade do seu mundo, da sua terra, dos seus pais, dos seus amigos…

- Tudo começou à cerca de quinze anos atrás… - começa Sérgio – Tal como a Leonor te disse, as fadas deste mundo apenas têm asas que podem invocar sempre que quiseram mas , também há umas fadas muito especiais. Elas têm poderes que lhe são concedidos através de um talismã. Elas são as guardiãs desses talismãs e têm como missão manter a paz neste mundo.

- Mas guardam todas o mesmo talismã? – pergunta Liana

- Não. – responde-lhe – Cada uma tem o seu talismã e cada talismã corresponde a um elemento…

- Então existem quatro talismãs ou seja, quatro fadas com poderes! – deduz Liana.

- Infelizmente não. Há catorze anos atrás o talismã do ar foi destruído por isso, neste momento, existem apenas três. São conhecidos como os três talismãs… - diz Sérgio.

A expressão do seu rosto estava séria, o seu olhar concentrava-se no horizonte. Nem ele mesmo sabia dizer para onde olhava, talvez apenas quisesse evitar olhar para Liana…

- Destruído como?

- É isso e outras coisas que te vou explicar. Como eu estava a dizer… Tudo começou há cerca de quinze anos atrás. Ricardo, o irmão da rainha do nosso mundo, a rainha Celina, nunca aceitou que fosse a sua irmã a subir ao trono e não ele. Jurou que um dia se vingaria e por várias vezes tentou roubar o trono à Rainha de todas as formas que possas imaginar. Nunca conseguiu atingir o seu objectivo porque havia algo que o impedia. As fadas dos talismãs não só protegiam este mundo mas também a sua rainha… Ele começou a investigar sobre os talismãs e descobriu tudo sobre eles, ameaçando as sacerdotisas do Templo Lunar.

Sérgio fez uma pausa e olhou de relance para Liana.

Ela olhava para o rio mas percebeu que ela estava atenta a tudo o que ele dizia.

- Descobriu que as portadoras dos talismãs nasciam todas no mesmo dia e á mesma hora, passando para outra guardiã ao fim da vida da anterior ou seja, oitocentos anos após o seu nascimento, que o tempo de vida das fadas e dos elfos…

- E se a fada morrer antes? O que é que acontece? – pergunta Liana.

- O talismã fica sem guardiã e só muda de portadora passados os tais oitocentos anos. – responde Sérgio. – Continuando a história… Ele
calculou que as portadoras dos talismãs morreriam no ano seguinte. E assim aconteceu… No ano seguinte as portadoras dos talismãs morreram e era altura de encontrar as fadas que dariam continuidade à missão que elas haviam deixado pendente. Alguns dias depois quatro pequenas fadas nasceram. As sacerdotisas foram às casas onde elas moravam e após verificar se os talismãs reagiam com elas nomearam-nas as novas guardiãs deste mundo.

- Então quer dizer que nessa altura ainda não tinham destruído um dos talismãs. – conclui Liana após ter ouvido aquilo tudo com o máximo de atenção possível.

- Não. – responde Sérgio – Nesta altura o talismã ainda existia… Após Ricardo descobrir quem eram as novas portadoras decidiu matá-las para assim poder ficar na posse dos cristais. As sacerdotisas descobriram o seu plano e conseguiram avisar a rainha. Os pais das pequenas fadas foram avisados e toda a guarda real passou a estar em alerta máximo. Mas a guarda real pouco ou nada conseguiu fazer. Ricardo atacou as quatro famílias e os pais, para protegerem as suas filhas, acabaram por dar a sua própria vida salvando-as assim da morte. Os guardas conseguiram entrevir após os pais das fadas morrerem e protegeram-nas mas, a fada guardiã do talismã do ar acabou por ser morta. Quando Ricardo pensou que tinha conseguido pelo menos um dos talismãs a nossa rainha apareceu e, usando o poder que lhe foi concedido pelas sacerdotisas, destruí o talismã.

- E o que é que aconteceu às três fadas que sobreviveram? – pergunta Liana.

- Sabiam que elas não estariam em segurança neste mundo e, por isso, encarregaram três elfos, da máxima confiança da rainha, de as levarem para o mundo onde tu vives e de lhes arranjarem uma família que cuidasse delas até que elas fossem crescidas o suficiente para puderem voltar e cumprir a sua missão.

Liana sentiu um aperto no coração. Algo lhe dizia que por alguma razão ele lhe contava aquilo tudo. Tinha medo que aquela fosse a sua missão.

- O meu pai foi um dos elfos que foi encarregue disso. – continuou Sérgio – Foi ele que levou para o teu mundo a fada portadora do talismã da terra.

- Sérgio, que forma têm os talismãs? – pergunta Liana com uma pequena lágrima a correr-lhe pela face.

Sérgio olhou para ela. Apercebeu-se de que ela já tinha percebido o que ele lhe transmitiria após contar toda aquela história. Olhou para o chão. Sabia o impacto que aquilo teria nela, sabia que ela iria sofrer ao saber a verdade e tudo o que ele menos queria era vê-la sofrer, embora lhe custasse admitir isso, era isso que ia bem no fundo da sua alma.

- Os talismãs… - Sérgio respirou fundo, tentando ganhar coragem para lhe dizer aquilo. – Os talismãs não são nada menos do que uns fios com propriedades mágicas. Do fio pende uma pequena fada de prata com asas feitas de pedras brilhantes. A cor das pedras varia conforme o elemento que o talismã representa.

Sérgio olhou mais uma vez para ela. Várias lágrimas deslizavam pela sua face. Sentiu um nó formar-se na sua garganta. Aquilo fizera-a sofrer e ele sabia disso.

- Liana, tu és uma dessas fadas. A fada do talismã da terra… - calou-se ao perceber que ela chorava cada vez mais – Liana…

Aproximou- se dela e ergueu a sua mão, com a intenção de a pousar no ombro dela para a reconfortar.

Liana afastou-se bruscamente com cada vez mais lágrimas a escorrerem-lhe pelo rosto. Sentia-se enganada, enganada pelas pessoas a quem sempre chamara pais e de quem sempre tivera orgulho.

- Eu percebo o que estás sentir agora mas… - começa Sérgio tentando acalmá-la.

- Não, não percebes! – grita ela levantando-se e afastando-se dele. – Como é que reagirias se, durante catorze anos pensasses que eras uma pessoa e depois te viessem dizer que tu és outra? Tu não percebes o que eu sinto agora… Eu sinto-me enganada, traída… Enganada pelas duas pessoas a quem sempre chamei pais e…

- Acalma-te! – pede Sérgio levantando-se e aproximando-se dela – Eles não te podiam contar quem realmente eras. Achas que perceberias? Uma miúda nunca conseguiria perceber…

- Então eu ainda devo ser uma miúda, porque não consigo perceber! – grita Liana voltando a afastar-se dele.

- Liana… - sussurra ele.

Um rio de lágrimas corria pela sua doce face, um rio de lágrimas que ela tentava a todo o custo controlar.

Sérgio mais uma vez aproximou-se dela. Abraça- a, tentando acalmá-la com algumas palavras doces.

- Tenta perceber os teus pais. Eles apenas queriam que pudesses apreciar e viver as coisas boas da vida enquanto a tua missão não te chama-se a este mundo…

- Não consigo. – diz Liana – Por mais que tente não consigo…

Ficaram assim mais um pouco, sentindo o calor um do outro.

Sérgio, tal como na noite anterior, acariciava-lhe os cabelos. Não conseguia vê-la assim, a chorar, as lágrimas não combinavam com ela… As lágrimas não combinavam com aquela jovem fada.
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQua Mar 19, 2008 4:56 pm

Sabias que esta fic parece o primeiro livro da Trilogia de Aerzis ?
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQui Mar 20, 2008 5:49 am

No inicio tem algumas coisas que se parecem!
Digamos que esse livro serviu de fonte de inspiraçao!!
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQui Mar 20, 2008 6:30 am

Bem me pareceu xD
Eu adoro a Trilogia inteira !
Ja' leste os outros livros ?

A fic esta' juito boa ^^
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeQui Mar 20, 2008 3:46 pm

Por acaso ainda so li o primeiro!
Estou farta de procurar os outros mas não os encontro em lado nenhum!! Crying or Very sad

Bigada!
Fico feliz por ser essa a tua opiniao! :D
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeSex Mar 21, 2008 11:12 am

Estou a gostar bastante^^
Espero que o tal Pedro também volte a entrar ou coisa assim*-*
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeSáb Mar 22, 2008 3:26 pm

Capitulo 4 "As verdadeiras raizes" (Parte II)

Caminharam os dois, lado a lado, em direcção à clareira. Comeram e voltaram a prosseguir viagem.

Liana permanecia calada. Sentia um enorme vazio a apoderar-se do seu corpo. Tudo o que Sérgio lhe havia dito ainda era um pouco confuso e de certa forma irreal para ela. Agora percebia porque se sentia em casa naquele mundo, aquele mundo era a sua casa.

Sérgio observava-a, embora ela não tivesse reparado nisso de tão submersa que estava nos seus pensamentos. Custava-lhe imenso vê-la assim principalmente porque sabia que, embora de uma forma indirecta, aquilo era culpa sua.

- Se eu não lhe tivesses dito nada… Não Sérgio! Não podes pensar assim. Ela tinha de saber, embora isso a tenha magoado, ela tinha de saber… Mas aquele olhar triste, não é o olhar que ela tinha quando eu a conheci. Mas porque é que vê-la assim me afecta tanto? Porque é que a única coisa que eu quero é vê-la feliz e estar ao seu lado?

Sérgio abana a cabeça, tentando soltar-se daqueles pensamentos.

Liana dava voltas e mais voltas à cabeça. Não sabia se devia pedir aquilo, se teria coragem de depois entrar e conhecer um pouco mais do seu passado, conhecer aquilo que o Sérgio nunca lhe poderia contar…

- Sérgio! – chamou um pouco a medo.

- Sim. – respondeu ele virando-se para trás.

- Sabes onde… Sabes onde é que os meus pais viviam? – pergunta olhando para o lado, não queria que Sérgio visse os seus olhos, inchados e vermelhos de tanto chorar.

- Eles viviam perto do Castelo. – respondeu.

- A casa ainda existe?

- Acho que sim. – responde Sérgio após pensar um pouco. – Mas porque perguntas?

- Não vive lá ninguém pois não? – pergunta Liana ignorando a pergunta de Sérgio.

- Que eu saiba não. Acho que nunca mais ninguém entrou na casa depois deles terem… - Sérgio hesitou, não queria vê-la a sofrer outra vez – Desde aquele dia, nem sequer tocaram em nada do que estava no interior da casa…

- Achas que me podes levar lá? – uma pequena lágrima correu novamente pela face de Liana, por mais que ela tenta-se não conseguia conter aquela lágrima, a única lágrima que correu pelo seu rosto.

- Claro. – respondeu Sérgio com um sorriso compreensivo.

Conseguia compreender que ela quisesse conhecer as suas verdadeiras raízes. Sabia que aquilo era importante para ela… Conhecer o sitio onde tinha nascido e onde podia ter crescido se, de certa forma, não a tivessem impedido.

Liana continuava com a cara virada, olhando para o rio que corria ao seu lado. Uma pequena gota de água caiu no seu nariz, fazendo com que ela olha-se para o céu.

Mais gotas caíram. Grandes nuvens cinzentas surgiam no céu, escondendo a sua cor azul. Uma tempestade aproximava-se…

Apressaram os cavalos e começaram a procurar um local abrigado onde pudessem passar a noite.

A chuva aumentava a cada minuto que passava encharcando-os. Liana termia de frio. A sua roupa esta molhada e colava ao corpo. O tempo tinha arrefecido de um momento para o outro.

Desviaram-se um pouco do curso que seguiam, penetrando o interior da floresta, na esperança de encontrarem abrigo.

Passado alguns minutos acabaram por encontrar uma gruta. Era rochosa, rodeada por vários arbustos de um verde escuro salpicado de pequenas gotas devido à chuva que caia.

Entraram na gruta e puseram os cavalos a um canto.

Liana sentou-se ao lado de Beauty recebendo o seu bafo quente. Olhou para a entrada e viu Sérgio sair sem lhe dirigir uma única palavra, sem lhe dar uma única satisfação… Ele vestia uma capa preta para o abrigar da chuva e depressa desapareceu ouvindo-se de seguida um enorme trovão.

Pouco depois Sérgio voltou. Nas mãos trazia um molho de lenha seca, que devia ter apanhado nas redondezas. Colocou a lenha no chão e começou a fazer uma fogueira.

O calor da fogueira espalhou-se pela gruta.

Liana já não sentia tanto frio mas continuava a tremer. As suas faces estavam um pouco rosadas e os seus olhos semicerrados.

Sérgio olhou para ela. Calculou que ela estivesse com febre, devido ao tom da sua face e à maneira com tremia. Aproximou-se dos cavalos e, do seu saco, tirou a manta com que dormira na noite anterior. Colocou-a sobre os ombros de Liana e pôs a sua mão sobre a testa dela.

- Bem me parecia… Estás com febre! – diz ele – Deita-te e descansa. Amanhã teremos um dia agitado.

- É amanha que chegaremos ao Castelo não é? – pergunta Liana.

- É. Agora chega de perguntas… Dorme! – diz Sérgio afastando-se. – Se começas a fazer muitas perguntas acho que volto a ter a mesma opinião que tinha sobre ti…

- Como assim? – pergunta Liana espantada.

- Tu sabes… Aquela parte de eu te achar irritante! – responde Sérgio com um sorriso sarcástico.

- Bem me parecia que o Sérgio simpático não ia durar muito…

Liana deitou-se e fechou os olhos, acabando por adormecer passados alguns minutos.

Sérgio olhou para ela. Era melhor assim, não queria estar demasiado próximo dela, não pelos menos enquanto não descobrisse o que era aquilo que sentia.

Acabou por também se ir deitar. Olhou mais uma vez para Liana e fechou os olhos adormecendo.

Liana começou a dar voltas debaixo da manta. Suor escorria-lhe pela testa, devido ao pesadelo e à febre que tinha. A sua respiração era acelerada. Acabou por acordar mas, desta vez, não soltou nenhum grito.

Levou a mão ao peito. Já há muito que aquele estranho pesadelo a atormentava. As caras que eram desfocadas começavam a tornar-se nítidas, como que a desvendar o mistério, envolto naquele pesadelo, aos poucos.

Ansiava por saber o significado daquele pesadelo. Parecia que estava, de alguma forma, ligado à sua missão. Sentiu um aperto no coração. Iria falhar?

Olhou para Sérgio que dormia pacificamente, alheio a tudo o que se passava.

Voltou a deitar-se e, com alguma dificuldade, acabou por voltar a adormecer.

A manhã chegou, encoberta e envolta em neblina. Ao longe, ouvia-se o chilrear dos pássaros que acabavam de despertar. Pequenos raios de sol furavam pelas densas nuvens que ainda cobriam o céu mas que, aos poucos, se iam dissipando.

Foi um desses pequenos raios que iluminou a cara de Liana, despertando-a.

Lentamente ela foi abrindo os olhos. Espreguiçou-se. Sentia as costas um pouco doridas e tinha o pescoço dormente. Olhou em volta.
Sérgio encontrava-se à entrada da gruta a olhar para o exterior. Parecia calmo mas também um pouco tenso, como que a tentar parecer uma coisa que não era. Foi essa a atitude que Liana estranhou.

Lentamente ele virou-se para trás, olhou para Liana esboçando um sorriso sarcástico que Liana não vira durante um dia inteiro.

- Tudo o que é bom acaba… - pensou Liana com ironia.

- Finalmente acordas-te! – diz Sérgio dirigindo-se ao seu cavalo.

Liana não lhe respondeu.

- A Leonor deve-te ter falado do vestido e da capa que estam no teu saco… - começou Sérgio – Chegou a altura de os usares.

- Acho que já percebi porque é que os tenho de usar… - diz Liana enquanto se dirigia ao saco, lembrando-se do destino a que chegaria ao terminar aquela viagem.

- Pelo menos raciocinas bem! – goza Sérgio dirigindo-se para o exterior. – Vou sair para ficares mais à vontade para te trocares!

- Espera! – pede Liana.

- O que é que foi agora? – pergunta ele virando-se para trás.

- Não te esqueces-te daquilo que eu te pedi, pois não?

- Não! – diz ele com um pequeno sorriso.

Saiu da gruta deixando Liana sozinha. Ela trocou-se em pouco tempo e passados quinze minutos Sérgio voltou a entrar na gruta.
Ficou espantado com o que via…

Liana usava um vestido verde, comprido, com um decote não muito grande em quadrado. O vestido era de manga curta. A manga fazia um pouco de balão, algo mínimo, e era limitada por uma pequena fita verde clara. A saia do vestido não era muito volumosa e tinha alguns desenhos bordados, num canto, com linha verde clara. Na sua cabeça repousava um bandolete dupla, do mesmo verde do vestido. Nas mãos tinha uma capa verde, limitada por uma linha dourada.

- Detesto quando começas a olhar assim para mim! – resmunga Liana ao aperceber-se da sua presença e da maneira como ele a olhava.

- Estás muito resmungona! – exclama Sérgio dirigindo-se para o seu cavalo.

Liana vestiu a capa e montou o seu cavalo negro, que se encontrava ao seu lado.

- Vamos? – perguntou ela dirigindo-se para a saída.

- A senhora manda! – diz Sérgio com um sorriso sarcástico, montando e saindo da gruta.

Cavalgaram pela floresta, um pouco mais depressa que o habitual.

Liana sentia o seu coração bater mais depressa.

Passou-se aproximadamente meia hora. O cenário que os rodeava começava a modificar-se. As árvores já não eram tantas, havendo mais espaços vazios. Começavam a aparecer flores com mais regularidade e os arbustos eram um pouco mais claros. Aqui e ali via-se uma casinha ou outra. Nas janelas, elfos e fadas observavam-nos curiosamente.

O número de casas ia aumentando e começaram a aparecer estreitas ruas feitas de pedra branca. Via-se alguns seres no exterior das casas, conversando, cuidando do jardim ou simplesmente passeando-se pelas ruas.

Liana observava aquilo tudo com curiosidade. Aquele lugar transmitia paz, todos pareciam felizes. Não via expressões de preocupação ou stress como estava habituada a ver nas caras das pessoas do seu mundo.

Depressa começaram a avistar uma casa abandonada. O jardim mais parecia uma selva onde reinavam silvas e ortigas. Conseguia-se ver vestígios de plantas mortas e secas que, outrora, foram belas e cheias de vida.

- Chegamos! – disse Sérgio parando em frente à casa.

- Esta era a casa dos meus pais? – pergunta Liana olhando com tristeza para a velha casa que se erguia na sua frente.
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeSáb Mar 22, 2008 8:32 pm

Sou agora oficialmente fã da tua fic*.*
Escreves muito bem<3
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeDom Mar 23, 2008 5:24 am

Muito obrigada!
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeSeg Mar 24, 2008 4:58 pm

Está muito boa! *-* <3
Mais! *-* <3
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MensagemAssunto: Re: Os três talismãs   Os três talismãs Icon_minitimeTer Abr 01, 2008 8:09 am

Depois de não sei quantos anos (xD) cá vai a última parte do capitulo!!
Espero que gostem!



Capitulo 4 "As verdadeiras raízes" (Parte III)

- Vamos entrar? – pergunta Sérgio.

- Sim.

Liana desmontou e deu alguns passos em frente, parando assim que chegou ao portão. Colocou a mão direita sobre o pequeno portão verde, com alguns vestígios de ferrugem por acção do tempo. Teve medo de o empurrar e de avançar, teve medo do que poderia ver e descobrir dentro daquela que tinha sido a sua casa.

Sentiu uma pequena tontura. As suas faces voltaram a ficar num tom rosado, bastante claro. Continuava com febre.

- Sentes-te bem? – pergunta Sérgio.

- Sim! Quer dizer… Acho que sim. – responde ela.

- Se calhar devias ter descansado mais um pouco…

- Eu estou bem. A sério! – diz Liana com um pequeno sorriso.

Liana empurra o portão e, respirando fundo, avança pelo pequeno carreiro de pedras brancas e cinzentas que abria caminho até a porta da entrada, feita de madeira de carvalho. Estacou ali. Não tinha a certeza se gostaria do que poderia descobrir ali.

Sérgio apercebeu-se da sua insegurança. Levou a mão ao puxador da porta, verificando que esta não estava trancada.

Entraram. A casa evidenciava sinais de luta.

A primeira divisão em que entraram foi na sala. Os cortinados beges encontravam-se rasgados, encontrando-se apenas uma pequena parte presa ao barão dourado. A pequena mesa de madeira de carvalho, que se encontrava em frente ao sofá verde, estava virada ao contrário. As cadeiras que rodeavam uma mesa redonda, pertencente à sala de jantar, encontravam-se partidas. O vidro da enorme janela tenha um enorme buraco no meio.

Liana sentiu um aperto no peito ao ver toda aquela destruição.

Continuaram a avançar. Percorreram um pequeno corredor e acabaram
por ir parar a uma cozinha. Muitos dos azulejos verdes escuros tinham caído ou estavam rachados. As cadeiras e a mesa quadra, ambas de cor branca, estavam caídas no chão de mármore cinzento.

Uma pequena lágrima correu pela cara de Liana. Virou costas e saiu daquela divisão acabando por ir parar a um amplo quarto. Parecia ser a única divisão intacta, onde a destruição não tinha chegado.

As paredes do quarto eram pintadas de um verde bastante claro. A mobília era branca. Num dos cantos do quarto estava um berço bastante trabalhado.

Liana aproximou-se, em passo lento, do pequeno berço. Olhou para ele com atenção.

Cobrindo o pequeno colchão que se encontra no berço, estava uma pequena colcha verde. Três pequenas almofadas, de um verde bastante claro, adornavam o berço. Um tecido, bastante fino e quase transparente, descaia sobre o berço.

Liana virou-se, numa outra parede estava uma cómoda da qual ela se aproximou. Pequenas fadas adornavam aquela cómoda branca. Via-se alguns perfumes de diversos aromas. Todo o quarto estava coberto de pó e teias de aranha, devido ao tempo e à falta de uso.

Perto da cómoda estava um sofá verde, de três lugares. Algo chamou a sua atenção naquele sofá. Um pequeno brilho dourado chamou a sua atenção.

Sérgio observava-a da porta. Aquele era um momento só dela que ele não queria interromper. Custava-lhe imenso ver todas aquelas pequenas e cristalinas lágrimas correrem pelo rosto de Liana mas, mesmo assim, permaneceu ali.

Liana aproximou-se do sofá descobrindo a origem do pequeno brilho. Uma pequena caixa dourada, em forma de folha, repousava no sofá, como se tivesse estado ali durante todos aqueles anos à sua espera.

Ela pegou na caixa, com todo o cuidado, e abriu-a. Uma leve melodia começou a tocar, como se fosse uma canção de embalar. Dentro da pequena caixa de música duas pequenas figuras apareceram. Um elfo e uma fada de asas verdes dançavam ao som da melodia. Na tampa, por dentro, conseguia ler-se uma frase grava a letras de um verde extremamente claro “Porque esta pequena fada é a nossa filha muito amada…”.

Liana não conseguiu conter as lágrimas que depressa se apoderaram dos seus olhos e deslizaram pela sua face.

De novo sentiu uma tontura. Desequilibrou-se e acabou por cair no sofá, levantando uma pequena nuvem de pó.

Sérgio aproximou-se rapidamente dela.

- Liana, estás bem? – pergunta ele preocupado.

As faces de Liana voltaram a adquirir um tom rosado e os seus lhos estavam semicerrados. Sérgio colocou a mão sobre a sua testa.

- A tua febre subiu. Precisas de descansar e de te tratar. – disse ele pegando nela.

Liana sentiu as suas faces ficarem mais vermelhas, mas não devido à febre. Queria que ele a pousasse, queria acabar com aquele contacto mas não tinha forças para lhe dizer que a colocasse no chão.

Estavam já à entrada do quarto quando Sérgio olhou para trás e voltou para junto do sofá, pegando na pequena caixa de música.

Saíram daquela casa, que tanto sofrimento causara, naquele momento, a Liana.

Sérgio deitou-a junto a uma árvore, onde batia sombra. Cobriu-a com uma manta e voltou a desaparecer dentro da casa.

Liana, confusa, viu-o entrar. De repente tudo ficou desfocado e foi perdendo a cor, até tudo ficar negro para ela.

Passaram alguns minutos e Sérgio voltou. Numa mão trazia um pano e noutra um pequeno recipiente com água fria.

Ajoelhou-se ao lado de Liana e pouso tudo no chão.

- Liana… - chamou-a quase num sussurro abanando-a ligeiramente.

Repetiu isto por diversas vezes e vendo que ela não reagia, calculou que tivesse desmaiado devido à elevada temperatura que tinha.

Molhou o tecido na água e torceu-o com força colocando-o depois em cima da testa dela. Foi fazendo o mesmo por diversas vezes até a febre começar a baixar.

Liana acabou por acordar passado meia hora. Corou um pouco ao ver que Sérgio tratava dela, molhando o tecido e colocando-o na sua testa.

- Já acordas-te. – diz ele com um pequeno sorriso e colocando a sua mão sobre a testa dela. – A tua febre já baixou um pouco mas não suficiente. Vamos comer qualquer coisa e depois prosseguimos viagem. Falta pouco para chegarmos ao palácio. Lá podes ser tratada como deve ser.

Sérgio levantou e aproximou-se dos cavalos. Do saco tirou alguma comida e depois voltou para o local onde estava Liana.

Comeram e seguiram viagem.

Sérgio ia observando Liana. Tinha medo que ela tivesse uma recaída durante o caminho para o palácio.

Liana sentia as pálpebras pesadas e estas, por enumeras vezes, ameaçaram fechar-se. Ainda estava um pouco zonza e era com dificuldade que suportava o peso do seu próprio corpo.

- Se vires que não estás em condições e quiseres parar é só dizer! – diz Sérgio ao aperceber-se do estado em que ela ainda se encontrava. Tinha de ser tratada rapidamente para não piorar.

- Eu estou bem. – responde Liana num tom bastante baixo.

- Não, tu não estás bem e sabes disso. Eu consigo ver que ainda estás muito debilitada! – diz Sérgio preocupado, preocupação essa que tentava esconder com uma cara zangada, como se estivesse a ralhar com ela.

- Eu aguento! Eu consigo aguentar…
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